quinta-feira, setembro 11, 2008

A BELA E O MONSTRO



Era uma vez um jovem solitário que, um dia, procurando companhia no Intendente, se recusou aos préstimos duma puta velha e feia, subindo ao bordel com uma meretriz jovem e linda. A puta velha era, afinal, uma bruxa, não uma feiticeira enluarada, e gritou uma maldição:
- Julgas-me feia! Pela tua falta de gosto, condeno-te a viver, a partir de hoje, como uma Besta.

A transformação foi imediata! O destino da fera ficaria ligado ao de uma rosa encantada, que viveria até que ele chegasse aos 25 anos. Então os dois morreriam. A menos que alguém o amasse!
- Mas que mulher gostará de mim assim?
Anos depois, os pais procuraram uma vida com melhores condições em Alcochete, pois o pai arranjara trabalho na construção do novo aeroporto, e esqueceram o sucedido. Porém, nem aí aguentaram muito tempo, não pelo ordenado escasso, mas por se depararem, todos os dias, com uma coisa Grotesca em casa, e assim emigraram para a Suíça, donde enviavam para o filho, todos os meses uma boa mensalidade. Besta não saía à rua, vivia numa casa isolada e fazia compras pela Internet.
Numa localidade perto, residia Bela, moça boazona, que gostava muito de ler e que era cortejada por diversos jovens lindos, mas brutos que nem portas.
Uma noite, Maurício, o pai de Bela, completamente bêbedo, pois tinha acabado de receber o ordenado (o normal era estar bêbedo q. b.), perdeu-se no caminho de casa e, depois de muito caminhar, decidiu bater a uma porta, à porta da casa da Besta. Chamou, chamou e, como ninguém acorresse e a porta estivesse destrancada, entrou e sentou-se junto da TV, optando por um canal codificado, para se aquecer.
- Invadiste a minha casa, velho! - gritou Besta.
- Sou apenas um trolha... suplicou Maurício, ainda com a coisa na mão.
- Juro que não direi a ninguém que o vi... Deixe-me ir embora...
- Cala-te. - rugiu Besta. - És meu prisioneiro!
No dia seguinte, pós ressaca, o pai enviou uma mensagem, via telemóvel, à filha, dizendo onde estava. Não acertou bem, mas Bela procurou, procurou, bateu a muitas portas, até que chegou à casa da Fera.
- Alguém me ouve?
Besta apareceu e levou-a ao quarto onde o pai estava fechado a 7 chaves.
- Velho, vai-te embora, mas se contares a alguém o meu segredo, não verás mais a tua filha, que ficará aqui, no teu lugar!
Noite dentro, Besta lembrou-se que deveria conseguir o amor sincero de uma mulher... Mas como?
Como Bela lhe dava tusa, conduziu-a ao quarto. Deu-lhe de comer e portou-se com a máxima educação. E ofereceu-lhe um lindo vestido.
No dia seguinte, ao entrar na biblioteca do escritório, ficou espantada.
- Nunca tinha visto tantos livros. Já os leu todos?

- Não! - rugiu Besta.
- Creio que é mais humano do que aparenta, senhor!
Continuando a mostrar-lhe a casa, entraram no compartimento aonde se encontrava a rosa mágica.
- Está a morrer! - gritou ela.
- E eu morro com ela! - disse tristemente a Fera.
Entretanto, Bela conseguiu fugir, para salvar o pai que, por ser alcoólico, não se sabia governar sozinho. E no afã de apresentar argumentos, falou da casa e do seu dono a várias pessoas, salientando a bondade deste. Mas ninguém acreditou nela. E Bela solicitou auxílio à GNR que, como estava numa época em que se via desacreditada pelos cidadãos, resolveu armar-se em durona e matar Besta.
Bela adiantou-se, correu o máximo que pode e conseguiu chegar primeiro a casa do Monstro, avisando-o do perigo que o espreitava. Mas, já muito farto da vida que levava, ele não quis lutar. Um dos GNRs feriu-o com o cacete e empurrou-o de uma varanda.
- Vou ajudar-te! - gritou Bela. - Não podes morrer!
Correu até ao passeio onde este jazia e beijou-o com amor, tentando reanimá-lo. Mas nada de reanimação. Abriu-lhe a boca e colocou-lhe lá uma das suas mamas rijas e maravilhosas. E nada de reanimação. Despiu-se, deixando os guardas a fazer um círculo para que ninguém se aproximasse, ou seja, para poderem contemplar o espectáculo à vontade. Nada de reanimação, porém muito calor a subir pelos Agentes acima. Sentou-se sobre a cara da Besta e esfregou-se como se estivesse a ser devidamente lambida por um homem normal. A Fera não reanimava, mas então os GNRS… era ver os enchumaços das calças.
Baixou as calças à Besta e chupou-o, como podia. As calças dos chuis quase rebentavam. As calças da fera não, porque não as tinha, mas a coisa endureceu e Bela gritou: Milagre!
Milagre, este voltou a ser o jovem que antes fora. Mas nunca mais cruel, não recusando qualquer puta que lhe oferecesse os préstimos, nem os duma desdentada que 10 anos mais tarde lhe ofereceu um broche em troco de 10 Euros. Aliás, conta-se que ela fazia uns broches divinais, vai-se lá saber porquê. Escusado será dizer que se casaram, não viveram felizes para sempre, como é óbvio. De toda a forma, isso é história para crianças, ou melhor, para que as meninas comecem cedo a pensar em homens perfeitos, dando tampas a muitos, quiçá grandes partidos. É por essas e por outras que há tantas mulher solteiras.




Beijos de quem teve umas curtas férias e que está com muito trabalho e pouco tempo.

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