segunda-feira, julho 30, 2007

A BANANA e o fim do Paraíso (Parte II)



Mas quem poderia adivinhar que Deus estava a espreitar?

Eva aceitou, aparentemente de bom grado, a banana e começou por trincá-la, não sabendo ainda que tinha que lhe tirar a casca. Fez uma careta e Adão explicou-lhe que aquilo não era o lanche, que era outro alimento, porque o fruto dele estava a precisar de pilhas e das Duracel. Eva não se fez rogada e deitou-se sobre a erva viçosa, tirou a parra e lambeu a banana como se soubesse de antemão que aquilo era o protótipo dum vibrador dos anos vindouros. Bem ensalivada, introduziu-a na sua gruta que não precisava de qualquer energia artificial. Adão sentou-se à sua frente deliciando-se com o panorama que lhe dava uma grande tesão mental e só mental, pelas razões que imaginamos. Mas eis que aparece, sorrateiramente, por detrás duma moita, Deus que ainda não tinha gasto as pilhas na sua Criação e dá um berro que faz com que Adão caia para a frente em cima da mão de Eva que acaba por enfiar completamente a banana. Eclipsada a banana, esperta como qualquer mulher, Eva prega um salto e pergunta, no seu ar mais inocente, a Deus, o que se tinha passado para que lhes tivesse pregado tamanho cagaço. Deus não gostou desta atitude e, com um gesto, tal David Copperfield, fez com que a banana saltasse da Eva e que esta começasse a sangrar. A sangrar? – perguntam vocês. Pois, a sangrar Ad Aeternum, todos os santos meses, com as excepções que têm feito crescer a Humanidade e ainda bem, porque caso contrário, ainda a população da terra se resumia aos seus felizes iniciadores que, jovens e sem problemas, teriam agora uns milhões de anos, apesar se não apresentarem rugas.

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