sábado, abril 21, 2007

CHAMANDO AS COISAS COM NOMES PERMITIDOS EM CONVERSAS DE FAMÍLIA


Estava eu vendo um filme daqueles que não são eróticos, nem para ver em família, quando a minha vagina começou, de certa forma, a palpitar. E ao ver uma grande língua, em movimentos rápidos, a lamber um clítoris: duas mulheres que praticavam a arte de Lesbos, comecei a chamar pelo meu marido que, como sempre, se divertia com um dos seus brinquedos: ou o computador ou a palm ou o GPS. Ele, ao fim de alguns minutos, entrou na sala a refilar, mas logo entonteceu ao ver-me nua, com a mão cheia de gel, friccionando o meu órgão sexual que já ardia de prazer. Ao meu lado encontrava-se já toda a minha panóplia de brinquedos que ele, rapidamente, desviou. Ajoelhou-se, de imediato, ao meu lado, ou melhor, ao lado da minha vulva e, sem sequer me beijar, começou a repetir as brincadeiras que eu via na T. V.. Segurei-lhe a cabeça e disse-lhe: “Isso mesmo, meu amor, abocanha-me bem essa vagina, chupa-me o clítoris como eu costumo chupar a tua glande.” Incentivando-o com palavras doces, enfiei a minha mão por dentro das suas calças de fato de treino, cuecas ou boxers não tinha, e agarrei-lhe o seu pénis que já teimava em ficar erecto. Quente demais, achei que ainda era cedo para ver os anjos e por isso pedi-lhe para que parasse, abocanhando-o eu que, perante o meu gesto e perante as imagens do DVD que há muito não víamos, começou a emitir uns sons que só produz quando, realmente, a excitação sexual lhe salta pelas suas tão masculinas cordas vocais. Sem eu imaginar porquê, depressa me pediu para introduzir o seu pénis inchado na minha engelesada (que é como quem diz com gel lubrificante vaginal) vulva. Que não, que não, não estava para terminar o nosso filme naquele momento, sentei-o num sofá à minha frente e, deixando-o numa situação de mero voyeur, enchi os meus seios, de mamilos arrebitados, com o mesmo gel, massajando-os com uma mão e com a outra a minha tão intumescida vagina e o meu tão palpitante clítoris, chegando mesmo a colocar um, dois, três dedos dentro dessa amiguinha de forma a estimular o meu Ponto G. (Graças a Deus que temos duas mãos.)
Sentindo já que estava perto de me descontrolar, pedi àquele que tão bem se estimulava mas com uma só mão, que me introduzisse o seu grande órgão sexual no meu ânus. De imediato, brotou o divino gel no orifício que, tendo boca, chamá-lo-ia em gritos de desespero. Não satisfeito, introduziu-me na vagina o vibrador e numa posição canina enfiou-me o seu membro que já estalava de prazer. Em movimentos, primeiro lentos e, depois, mais fortes, a nossa excitação chegou ao rubro. Ele foi o primeiro a ejacular, mas como tenta sempre que eu nunca deixe de sentir o meu orgasmo, pegou no brinquedo de silicone e em movimentos, desta vez bastante acelerados, fez-me gritar: “Pára, meu amor, pára que a minha vagina já se contraiu o suficiente, a minha energia já se foi quase toda, o meu orgasmo já se deu.”

É estranho um texto assim, não é? É que nem eu me excitei a escrevê-lo, coisa que costuma acontecer. Como diria o nosso poeta, nas tabernas: “Numa mão a coisa, na outra a pena (as teclas)”

Visitantes on-line