quinta-feira, maio 24, 2007

O GATO BORRALHEIRO

Ficou um menino de 24 anos órfão de mãe, mas por pouco tempo, pois o pai depressa lhe arranjou uma Madrasta, uma grande filha da puta, que já tinha três filhas do primeiro casamento. As filhas eram bué da feias e bué da chatas, mas isso ainda era o menos, o pior é que eram umas entesoadas de primeira e não aceitavam negas, Ai! do desgraçado que lhes desse nega. E negas atrás de negas foi o que o nosso Gato Borralheiro lhes deu. Por vingança, punham o desgraçado a cumprir todas as tarefas que a sua mãezinha lhes dava para fazer e mais algumas, como ser ele a cortar-lhes os cascos e a arrancar-lhes os pêlos das pernas, pêlos de caprinos.
Estava a terminar os seus estudos universitários, pois além de ter uma cara de actor podre de bom de cinema e de, quase diariamente, exercitar os seus músculos de corpo de 1,85 m, ainda era inteligente, menos simpático que antigamente, à força de ter de aturar as malucas das suas… deviam criar um termo relativo a este tipo de parentesco não consanguíneo.
Chegou a altura da queima das fitas e o nosso Gato queria ir vestido que nem um “Dolce Gabana”. Tendo metido esse capricho na cabeça, em vão pediu dinheiro ao pai, pois a vaca da Madrasta intercedeu logo em defesa das filhinhas, que de diminutivo só tinham as maminhas, pois elas eram mais velhas que o Gato e, portanto, eram elas que precisavam de se aperaltar para queimar as fitas que ainda não tinham, pois os professores do ensino secundário eram muito maus para as meninas.
Trancou-se o Gato na casa de banho, pois quartos só para os outros, que dormisse na sala! Trancou-se a bater à pívea que era o que mais o destressava, mas naquele dia nada saía do seu belo bacamarte, tal era o estado de nervos em que se encontrava. De repente, e para grande vergonha do nosso universitário, quase à beira de não queimar fitas, à beira dos nervos do Almodôvar já ele andava há muito tempo, apareceu sentada no bidé a sua Madrinha, uma fada de fazer qualquer um chegar onde ele não estava a chegar. Tão espantado ficou que nem se lembrou de esconder o que tinha na mão direita e mais espantada ainda ficou a Fada Madrinha porque, como há muito tempo não via o afilhado, não esperara ver tão belo e viril homem. Desfeito, mais ou menos, o espanto, o Gato quis esconder a coisa, mas a Madrinha não deixou, disse que estavam em família e que assim até podiam tornar-se mais íntimos, visto não porem os olhos em cima um do outro há mais de dez anos. Não percebeu a lógica, mas como, apesar de jovem, já se habituara a não perceber a lógica das mulheres e como ela até era boa como o milho, o Borralheiro continuou as suas manobras fálicas, mas com mais carinho.
E começou o diálogo.
A fada Madrinha, já um bocado esquecida do “Dolce Gabana”, visto ela ler os pensamentos dos outros, mas, os pensamentos do afilhado agora eram outros, pergunta:
- Então é assim que costumas pôr o gatinho de pé, não usas gel, saliva, umas revistas…
Interrompeu-a logo o nosso menino:
-Sim, às vezes uso um
bife como me ensinou a Lua Feiticeira, mas hoje estavam todos congelados…
Como as fadas não gostam de feiticeiras, interrompeu-o logo, com ares de quem sabia mais…:
- Qual bife, qual quê, vou-te ensinar o que é bom.
E começa a chupá-lo, a lamber-lhe os testículos, que em latim significa testemunhos do cu (como vêm também sei Latim, Ah! Pois é…) e depressa lhe tira o stress.
Mais calmo, o Gato lá explicou o que se passava naquela casa, os trabalhos de escravo que lhe davam a fazer, o ter de aturar 4 malucas e, pior que tudo, não poder ir vestido que nem um gato, com letra minúscula, à queima das fitas.
A Fada pôs um ar comovido, não pela história, mas porque não se lembrou de pôr outro ar para disfarçar a tesão com que ficara, sim porque uma mulher não se consola só a consolar, e disse-lhe que tinha uma solução para o problema, mas…
- Oh! Foda-se! Eu vi logo, comigo há sempre um “mas”, ainda ontem estava quase a comer uma garina, quando ela me disse que adoraria dar uma queca comigo, mas tinha que se ir embora - isto rosnou o nosso gatinho, não gritou, porque alguma maluca podia ouvir e descobrir o que se passava no WC.
- Calma, Gatinho, a tua Madrinha é muito boazinha, nunca te diria uma coisa dessas, o “mas” é parecido com esse, mas ao contrário.
(*) (*) (isto significa olhos tão abertos que deles saem pontos de interrogação e ainda bem, porque o Gato, apesar de não ser burro, nada percebeu, ao “contrário” só as minhas histórias lol)
Continua a boazona da Fada:
- Vais vestido que nem um príncipe, mas só sairás do Motel à meia noite em ponto, nem um minuto a mais nem um minuto a menos.
- A sério? Posso escolher a roupa e os sapatos que quiser?... espera aí, vou sair dum Motel? (*) (*)
- Sim, lindo, não vamos continuar neste chiqueiro de casa de banho, vais no sábado para o Motel de Sintra, às 3 horas da tarde, com os trapos num saco, deixo-te o meu cartão de crédito e até lá compras o que quiseres. E é lá que te vou destressar até à hora da saída…
- Eh! lá, grande madrinha que me escolheram, sim senhor, nalguma coisa o meu pai acertou. Então e se eu me entusiasmar… Ops! Já a Fada se tinha eclipsado e a resposta ficara por dar.
Sábado, quinze da tarde, Motel, quarto 96, o Gato entra num quarto decorado por uma Fada, Fada que nem precisou do
chá da Bruxa Má para pôr o gato de gatas. Valeu de tudo, só não o descrevo aqui, porque isto é uma história infantil.
A Madrinha nem se esquecera do relógio de cucu, que cu cu, cu cu só cantou à meia-noite, antes não para não incomodar os pombinhos.
E o cabrão do cucu não se esqueceu de cucuzar a meia-noite para desgraça do Gato que a cucuzar também nem ouviu o seu piar.
Meia-noite e um minuto – transforma-se o Gato em…

…naquilo que vocês quiserem. Um PRÉMIO para a transformação mais criativa. E, desta vez, já sabem, o que é prometido é devido.

Lambidelas…

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