domingo, julho 13, 2008

AMOR BUCÓLICO


Jorge voltara a Portugal com 6 meses de saudades da sua jovem esposa. Jorge e Rita casaram ambos com 22 anos e, 2 meses após copo-de-água, no caso deles, mais de vinho tinto, Jorge, GNR, ingressara numa missão ao Iraque. Precisavam de dinheiro para comprar uma casinha. Viviam em Montemor-O-Novo, na casa dos pais dele. Claro que, na ausência de Jorge, Rita fora viver para casa dos seus pais, gostava dos sogros, mas tanto também não.
Jorge chegara ao aeroporto da Portela já de noite, já muito cansado. As saudades eram muitas, mas as poucas forças que lhe sobravam não deram para satisfazê-las completamente. De toda a forma, o quarto de Rita e de Jorge pegava-se ao dos pais do GNR, o que lhes limitava qualquer expressão de prazer que quisessem emitir de forma mais sonora.
Assim, no dia seguinte, Jorge pediu o carro emprestado à mãe para ir visitar os amigos, desculpou-se. Não, eles precisavam mesmo dum espaço para estarem à vontade e o dinheiro, se o havia, teria de ser poupado.
Jorge recordava-se dum sítio lindo, com uma ribeira que talvez ainda tivesse água, visto ser Primavera. Teriam de andar alguns 4 Km por um caminho de cabras, cheio de buracos, mas valeria a pena, lá poderiam até gritar que ninguém os ouviria. Explicou a Rita que já tinha ido lá pescar com o pai, mas claro que fora lá por um motivo semelhante ao daquele momento.
Rita estava entusiasmada com a situação e as saudades ou o amadurecimento daqueles 6 meses tinham transformado a menina ingénua numa mulher sensual. Estava um lindo dia de Primavera e Rita fora de saia, mas sem cuecas, achou que seria uma boa surpresa.
Após bastantes saltos dentro do carro, pois o caminho piorara muito desde a última vez que Jorge ali estivera, pararam o carro fora do caminho, atrás duns arbustos, de forma a que, se alguém se aproximasse, não o visse. Saíram do carro e desceram, a pé, uma ribanceira. Se estivessem no Norte de Portugal considerariam aquela descida um caminho quase plano, mas ali, no Sul, tinham a sensação de descer uma serra. Chegados ao sítio plano, junto ao ribeiro, erva fresca no chão, salgueiros, arbustos, uma figueira, que pena não ser tempo de figos que Rita cobriria o pénis de Jorge e comê-lo-ia assim, docinho… Isto fez rir o maridinho que lhe deu um longo beijo, se tivesse sido pequeno provocar-lhe-ia o mesmo efeito: uma tesão do caraças. Mas o tempo era longo, tal como as saudades e Jorge não tinha pressa. Olhou para o chão fofo de ervas e lembrou-se das carraças, logo deu a chave do carro a Rita e pediu-lhe que tivesse paciência, mas que fosse ao carro buscar a manta de retalhos. Rita subiu a ribanceira com muito entusiasmo, aquilo mais lhe parecia uma rampa para deficientes, daquelas que há em alguns edifícios em Lisboa, em bancos e coisas assim, é coisa que está em normas, mas dificilmente cumprida.
Chegou ao carro, abriu o porta-bagagem e nada viu, ainda levantou a tampa que tapa o pneu suplente, mas nem aí. Viu, então, dentro do carro, debaixo dos bancos, nada. Gritou: “Jorge, mê amori, nã tá cá nada!” Ele assustou-se com o grito, bolas!, que se estivesse alguém por perto, seriam descobertos. Gritou um enorme “pshiuuuuuuu!” e com gestos disse-lhe para que descesse. Ao aproximar-se de Jorge, Rita ouviu-o reclamar, então vinham para o campo, dar a queca do século e ela tinha-se esquecido da manta, porra?! Rita, atónita, pois nunca isso lhe passara pela cabeça, fez beicinho e eis que uma lagrimita se lhe assomou ao olho direito que logo Jorge beijou. Ela que o desculpasse se tinha sido bruto, realmente ele é que se devia ter lembrado disso. E beijaram-se e beijaram-se… e apalparam-se e Jorge desceu a blusa de Rita, fazendo saltar os seus seios jovens, rijos, já de mamilos arrebitados e desceu a boca para os abocanhar. Mas Jorge era alto e Rita baixa, tinha que se curvar demasiado, acabando, portanto, por dobrar um joelho, acabando assim por colocá-lo no chão. E já que se tinha baixado tanto, aproveitou para lhe levantar a saia. Ao ver a pachachinha nua de sua Senhora, levantou o rosto para lhe sorrir, revelando-lhe que tinha gostado da surpresa, mas o sorriso rapidamente se transformou num grito de dor, assustando a pobre da esposa que não compreendia como podia a sua coninha assustá-lo tanto. Jorge, seguidamente, deu um salto, tinha-se-lhe espetado um espinho, um cabrão dum grande espinho no joelho. Como não se via através das calças, baixou-as. Felizmente que Rita levara a sua mala para ali, por causa dos toalhetes, pois haviam de ter de se limpar e na mala tinha uma bolsinha com um corta-unhas, um baton, um espelhinho, um creme das mãos e uma pinça. Graças a Deus tinha uma pinça, porque com as unhas roídas não poderia ter arrancado aquele espinho que tinha entrado pela carne adentro do seu homem.
E já que Rita está de cócoras e já que Jorge está com as calças em baixo, o pico está retirado… as boxers foram também abaixo e Rita põe todo o seu amor e imaginação, porque experiência ainda não tem muita, num broche que quer que seja o melhor que já tivesse feito. Jorge amanda a cabeça para trás e dá uma grande suspiro: “Ah, magana que isso é tã bommmmm”! As pernas de Rita começam a doer por causa da posição, mas ela não arrisca a pôr os joelhos no chão, com ou sem espinhos, ela não tem calças e não quer entrar na casa da sogra de joelhos verdes. Jorge tem uma ideia, retira as suas calças completamente, dobra-as muito e faz assim uma protecção. Mas não são os joelhos de Rita que vão para cima das calças de ganga, mas sim os de Jorge, também ele quer lamber Rita. A posição não é a melhor, procuram um local sem picos, cardos, carraças ou outras porcarias do género, as calças passam a fazer de almofada e Jorge deita-se com Rita sentada sobre a sua boca. Oh! como adoravam ambos aquela posição! Rita com as pernas ao lado das orelhas de Jorge, agarrando-lhe o cabelo, movimenta-se conforme lhe apraz. Sobe e desce o corpo, sentindo a língua do marido entrar e sair da sua ratinha, balança-se para a frente e para trás, esfregando assim o clítoris na boca, e até no nariz… Mas, de repente, lembra-se que está numa posição egoísta (são as suas costas que estão viradas para os pés dele) e vira-se ao contrário. Perde a visão do Castelo ao fundo, mas fica a ver o caralho de Jorge - muito entesado - e começa a dobrar o corpo para abocanhá-lo. Sim, não podia ser só ela a ser lambida, tinha que o chupar a ele também, tinha que o fazer ir às nuvens. Afinal tinham sido 6 meses de ausência, Rita queria que ele abençoasse o dia em que casara com ela, queria que Jorge a considerasse uma fera na cama, queria que ele nunca procurasse sexo noutra mulher. Rita já pensava que brevemente ele partiria outra vez. Jorge estava em Montemor a gozar umas pequenas férias. Rita queria satisfazê-lo ao máximo. Assim, começa a dobrar o seu corpo em direcção a um 69 perfeito, a mão direita vai direita ao bicho, a esquerda ao chão para segurar o seu corpo. FODA-SE!!!!! A mão esquerda esborracha uma lesma. “Que nojo!!!” – grita. Jorge tenta acalmá-la, se ela soubesse as nojêras que ele vira lá pelo Iraque, uma lesma lá até é uma coisa limpa, se as houvesse… que isso ele ainda não teve tempo de constatar. E se ela até comia caracóis, qual era o problema? Uma lesma não é um caracol sem casca? Ele falava e ela limpava a mão às toalhitas, completamente anojada.
Estava visto que irem para o chão sem a puta da manta que ele se esquecera em casa não era boa ideia. Parecia a Rita que o que dizia, após 6 meses de saudade, parecia uma mentira, mas a verdade é que era melhor despachar a coisa, mais tarde iriam àquele lugar, outra vez, com a manta, com um colchão, com uma cama, com o que fosse preciso.
Jorge lembrou-se que o melhor era ela segurar-se à figueira e ele espetava-lho por trás. Boa ideia, assim estava bem, ninguém ia para o chão, desde que ele não se enganasse no buraco, porque o que servia para obrar* estava virgem e continuaria assim até que tivessem uma casa só para eles, promessa feita a dois. E assim foi, mais umas beijocas, uns amaços, um esfrega-esfrega com a mão dela no caralho dele, um esfrega-esfrega com a mão dele na cona – dela, pois com certeza, quem mais ali havia de ter um órgão desses?
Vira-se Rita de costas, Jorge levanta-lhe a saia e fá-la inclinar-se para a frente. Jorge espeta-lho, hummmm, como está húmida e quente, como desliza bem... Jorge, de olhos fechados, saboreia aquele prato gourmet. Rita, de olhos bem abertos, vê as formigas a subirem-lhe para as mãos, Rita tenta não pensar nos bichinhos. Toda a gente sabe que as figueiras têm formigas aos montes, em segundos as mãos de Rita estão repletas de formigas a fazem-lhe umas cóceguinhas. Retira as mãos, sacode-as na saia e coloca-as nas pernas para se poder equilibrar. Jorge segura Rita fortemente pelas ancas e acelera o ritmo. Jorge acalma o ritmo, pareceu-lhe que uma abelha andava às voltas por ali. “As abelhas não atacam se não as atacar-mos” – pensa. Mas já são duas que giram à volta da sua cabeça. Jorge mexe só as ancas, receia que elas encarem qualquer gesto brusco como um ataque e que o piquem. Jorge fecha os olhos e tenta abstrair-se do zunido que elas fazem. Rita não se apercebe do que se passa e pede-lhe mais, mais, mais… Jorge não cede ao pedido da mulher, Jorge receia um ataque. Jorge, de repente, lembra-se que a sua cintura mexe e que as cabronas das abelhas podem picar-lhe os tomates. Jorge pára, retira o coiso, veste-se e pede desculpa a Rita. As abelhas desconcentraram-no, que é como quem diz, tiraram-lhe a tesão. O melhor a fazer era alugarem uma casa, aquela vida não podia continuar assim. “E com manta?”- pergunta Rita. “Qual manta? A manta afasta as belhas? Puta de crise esta!”
* obrar=cagar, termo alentejano.
Rita, poetiza, quiçá Florbela Espanca do século XXI, tinha um “Diário” e nessa noite deixou-lhe este soneto:
29 de Abril de 2007

Os meus sogros ainda não são moucos,
Eu e o meu marido gostamos de gritar,
Fomos ao campo para o Amor libertar,
Fomos de carro, aos saltos, pelos buracos.

Estava escondido um espinho
Que espetou o meu Jorginho,
Estava uma lesma no chão
Que se esborrachou com a minha mão.

A nossa saudade era tanta…
E o dia sorria tão lindo,
Mas, porra, esquecemo-nos da manta!

Eu cá bem lhe chupei o pinto,
Ele bem me lambeu a santa,
Porém, as putas das abelhas foram vindo…
Beijos idílicos

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