domingo, abril 29, 2007

NEM TUDO O QUE LUZ É OURO

E aqui vai mais uma dessas minhas antigas histórias e acho que a última a ser postada, para não tirar a "personalidade" do Blog.lol

O meu desejo de o reencontrar era tremendo. Amei-o antes mesmo de o ver. E só o vi uma única vez. Iria finalmente estar com ele. Fui à esteticista: limpeza facial, depilação, massagens, sauna. Fui à cabeleireira mudar o penteado. Comprei roupa e sapatos. O meu estado nervoso fazia com que não pudesse parar. O tempo passava muito lentamente. Quem me dera que pudesse dormir até à hora do nosso segundo encontro.
Chegou! O meu coração quase que saltou do decote. Afinal não desejava em vão, o meu amor por ele aumentou quando o revi.
Jantámos à luz das velas e não sei sobre o que conversámos.
Saímos no seu “Rover” e fomos dançar. A música acariciava-me o desejo. Não pensava. Apenas sentia. Sentia o seu corpo quente que parecia unir-se eternamente ao meu. Os seus lábios sussurravam ao meu ouvido gotas de perfume.
Quando me beijou pela primeira vez, toda eu estremeci. Parecia-me que éramos os únicos na sala e a terra nos tinha virado costas para que a nossa intimidade não fosse violada em momento algum da nossa vida. Abraçava-me como se possuísse a minha alma. Todos os poros da minha pele eram desejo. Saímos daquele lugar que não tinha sido visto por mim, mas que eu não iria esquecer.
Entrámos no carro e quase nos esquecíamos do lugar público em que estávamos.
Voámos para a sua casa.
No elevador ficaram peças de vestuário.
Finalmente, o planeta estava realmente nas tintas para nós.
Só eu e ele existíamos.
As suas mãos tentavam explorar todo o meu corpo num só momento. O nosso desejo não poderia crescer mais. Já me encontrava nua no corredor da sua casa e ainda não sabia qual a cor das paredes.
Afasto-me, de repente, não por ter deixado do desejar, mas porque queria também amá-lo apenas com os olhos e esperei, ansiosamente, que se despisse.
Fê-lo devagar, apesar de lhe restarem poucas peças de vestuário. Enquanto tirava as calças, algo de estranho senti, não querendo acreditar no que poderia vir a ser.
Despiu os boxers e pude constar a minha primeira impressão: o seu pénis erecto não era maior que a pila do gato da minha avó. 5 cm?
Algures no início dos anos 90.

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